Literatura

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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A FLIPORTO APORTOU EM OLINDA E EXCLUIU OS ESCRITORES DA CIDADE



Carta Aberta
Por: Maria de Andrade - escritora
            O colonialismo literário da organização da FLIPORTO, chega a Olinda em 2015, certos de que estão salvando a população de selvagens residentes da referida cidade.  Afinal,  a mesma não tem um arcabouço histórico literário, que justifique ceder um espaço de divulgação para os autores que ao longo do ano produzem o movimento literário no município.
            Não foi sempre assim, em 2010 quando a direção da Feira Literária Internacional de Pernambuco resolveu deixar o balneário de Porto de Galinhas em busca de novos horizontes que lhe garantisse  um maior fluxo de visitantes e de consumidores, a portaram em Olinda prometendo uma maior visibilidade da literatura local e uma interação com os autores que contribuem com a cidade, fazendo palestras nas escolas públicas de Olinda e organizando recitais gratuitos em espaços público.
            Ao longo das diversas oportunidades de acontecimento do evento os escritores e pensadores da literatura na cidade comprovação a sua importância no contexto de atuação da FLIPORTO. Porém, em vez de receberem reconhecimento de que são capazes de agregar valor, dando um tom local, receberam a noticia de sua total exclusão do evento.
            Quando evento se estalou na cidade seu público era de cerca de 15 mil pessoas, logo no primeiro ano de atividade o público saltou para 60 mil pessoas. E isso é também contribuição dos autores que ao fazerem suas atividade as divulgam e convidam seus seguidores e amigos. No começo favorecendo aqueles que não conseguiram comprar sua entrada para o congresso literário, depois, favorecendo aos visitantes da feira o conhecimento dos escritores atuantes da cidade.
            Porém, nada disso foi capaz de convencer a diretoria da FLIPORTO para mais uma vez produzir a parceria entre o evento e a literatura local. Demonstrado descaradamente o desprezo pela história literária da cidade e o valor das organizações que atuam contemporaneamente, mantendo viva a tradição literária de Olinda.

Movimento Artístico Literário - MAL

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

LEITURA E COMPREENSÃO DO TEXTO EXIGEM CONHECIMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E UM PENSAMENTO CRÍTICO




1.    INTRODUÇÃO

            Este trabalho tem como objetivo analisa o texto de Antonio Candido “O Discurso e A cidade” Observando os seguintes componentes, trechos onde o autor, a analise, apreciação e a interpretação do romance “Memória de um Sargento de Milícias” de Joaquim de Manuel de Macedo e no texto de Ferreira Gullar identificar passagens da teoria literária, história literária e crítica literária.
Traremos um pouco de teoria para embasar nossas argumentações sobre o referido texto. A literatura tem ao longo do tempo sofrido transformações dentro do processo de recepção como veremos o referido texto.
            Buscamos através de uma pesquisa de analítica qualitativa compreender um pouco sobre o que disseram Candido sobre o texto de Macedo e Gullar Sobre Augusto dos Anjos. Interpretando com a ajuda de autores como Massoud Mosés.
           
  
2.    Dialética da Malandragem

Podemos identificar analise nos seguintes trechos: “O livro de Manuel Antonio de Macedo e contado em terceira pessoas por um narrador”. CANDIDO (p. 21 1993)
O nosso Leonardo (personagem), embora desprovido de paixão, tem sentimentos mais sinceros nesse terreno, e em parte o livro é a história do seu amor cheio de obstáculos pela sonsa Luisinha, com que termina casado, depois de promovido reformado e dono de cinco heranças que vem lhe cair nas mãos sem que mova uma palha. (Enredo) CANDIDO (p. 24 1993)
Antonio Manuel de Macedo é de um vocabulário limpo. (p. 25)
Restrito espacialmente, a sua ação decorre no Rio de Janeiro, sobretudo no que são hoje as áreas centrais e naquele tempo o grosso da cidade. (Espaço) (p. 31)
Aos trechos acima citados são exemplos de analise, que Antonio Candido fez do livro memórias de um sargento de milícia, de Manuel Antonio de Almeida. Pois, segundo MOISÉS (p. 13 1987) a analise define-se como um processo de conhecimento da realidade, para o qual o analista teria que decompor o objeto analisado em suas partes fundamentais. Assim quando Candido nos traz passagens do texto mostrando os elementos que o compõe ele esta analisando o texto em si.
Já no da interpretação e da apreciação teremos um pequeno problema. O que interpretar, e será que apreciar não seria a mesma coisa? Vermos os trechos da interpretação primeiro.
 O malandro como o pícaro, é espécie de um gênero mais amplo de aventureiros astuciosos, comum a todos os folclores. Já notadamente, com efeito, que Leonardo pratica a astúcia pela astúcia (mesmo quando ela tem por finalidade safá-lo de uma enrascada), manifesta um amor pelo jogo-em-si que o afasta do pragmatismo dos pícaros, cuja a malandragem visa quase sempre ao proveito ou a um problema lesando freguentimente terceiros na sua solução.
      Este trecho do texto se enquadra muito bem no que KOCH (p. 26, 1998) define para a produção de sentido. Para o processamento textual contribuem três grandes sistemas do conhecimento: o lingüístico, o enciclopédico e o interacional. Deste ponto podemos dizer que Candido usou os três sistemas no trecho acima.
Vejamos: Ele usou do conhecimento que tem da estrutura da língua (linguístico), para fazer suas primeiras suposições sobre o texto em questão, depois, com a ajuda o conhecimento enciclopédico, analisou as intenções do personagem, interagindo desta forma a construiu suas interpretações finais.
O caso da apreciação, é quando o autor de um texto crítico faz umas colocações sobre o texto criticado. Candido em vários momentos aprecia o texto de Macedo. Interpela, compara e define, com veremos a seguir:
O romance de tipo realista, arcaico ou moderno, comunica sempre uma certa visão da sociedade, cujo as aspectos e significação procura traduzir em termos de arte. É mais duvidoso que dê uma visão informativa, pois geralmente só podemos avaliar a fidelidade da representação através de comparações com os dados que tomamos a documento de outro tipo. Isto posto, resta o fato que o livro de Manuel Antonio de Macedo sugere a presença viva de uma sociedade que nos parece bastante coerente e existente, e que ligamos à do Rio de Janeiro do começo do século XIX.

3.    Augusto dos Anjos ou Morte e vida nordestina

Faz-se necessário contrapor os três conceitos que iremos observar mais adiante, teoria literária, crítica literária e história literária. A crítica literária utiliza-se da compreensão da vida e do ambiente em que o autor viveu, para que desta forma possa explicar a obra do autor. A teoria da literatura estuda a obra, o autor, o leitor e todo o processo que envolve as obras literárias. E é com base na teoria da literatura que analisa as obras literárias. A história literária trata do registro literário em seu contexto histórico.
Como veremos abaixo temos um exemplo de crítica literária:
No ambiente do recife, em cuja Faculdade de Direito se formará em 1907, Augusto entrará em contato com o espírito cientifico que se tornava tradição da famosa Escola do Recife, ali, certamente tomou conhecimento das várias doutrinas derivadas do materialismo evolucionista (Comte, Haeckel, Darvin, Spencer) que marcaria profundamente sua poesia.
Agora o trecho traz um pouco de história da literatura:
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
Na época em que Augusto faz semelhante afirmação, no ambiente literário brasileiro impera a futilidade. Como observou Francisco de Assis Barbosa, o Eu aparece num período em que “predominava” a literatura chamada de “Sorriso da Sociedade”. Conforme testemunha Gilberto Amado, multiplicava-se as conferencias sobre temas como “Casar e bom...” e, com replicas, “...Mas não casar é melhor”. “ A Moda das conferencias literárias propagadas do Rio, contagiava o Recife. Figura-se ho0je incompreensível o espetáculo de futilização intelectual de um país inteiro, igual ao que nos oferece o Brasil nesse período”.
Certamente não desciam a essa futilidade poetas como Bilac, Alberto de Oliveira ou Vicente Carvalho. Mas não estaremos longe da verdade se dissermos que essa subliteratura é também decorrência de uma consepção literária anterior que, no fundamental, descarta as questões verdadeiras e, quando as toma como tema, toma-as “literariamente”, sem um compromisso mais profundo com elas.
A Teoria literária se encontra:
O lodo obscuro trepa-se nas portas.
Amontoadas em grossos feixes rijos,
As lagartixas, dos esconderijos,
Estão olhando aquelas coisas mortas!
E mais uma vez nos deparamos com a estranha e extraordinária visão poética de Augusto dos Anjos. O passar do tempo, a decrepitude, a solidão, não as exprime através de conceitos ou imagens histórico- literária; exprime-as com os próprios elementos dessa ruína anônima e vulgar, as lagartixas, que se encontram nos muros velhos do Nordeste, são transformada pelo poeta em testemunhas da história, do trabalho destruidor do tempo. Subitamente, o poeta abdica de sua posição de observador para ver as ruínas pelos olhos das lagartixas que, dos esconderijos, “estão olhando aquelas coisas mortas”. É a expressão consumada e extrema do abandono, já que esses bichos são também as ruínas, pertencem a elas como o lodo e o capim, é como se as próprias ruínas se mirassem a si mesmas, se vissem morrer.

4.    CONCLUSÃO
Podemos concluir que, ao analisarmos qualquer texto devemos ter em mãos conhecimentos que vão tirar dentro do próprio texto sua argumentação. Ou seja, devemos ter o texto como base prioritária de consultar, porém, não dá para interpretá-lo sem que tenhamos um mínimo de conhecimento teórico e histórico sobre o contexto de produção da obra.

REFERÊNCIAS:

CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade. São Paulo. Duas Cidades, 1993.
GULLAR, Ferreira. Augusto dos anjos morte e vida Nordestina.

MOISÉS, Massoud. A analise literária. 8. Ed. São Paulo. Contrix, 1987.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Augusto dos Anjos nas entrelinhasmodo

12 - JORNAL DA UNICAMP Campinas, 5 a 18 de outubro de 2009



MANUEL ALVES FILHO
manuel@reitoria.unicamp.br



Por muito tempo, a crítica literária e os livros didáticos reservaram a Augusto dos Anjos epítetos reducionistas como “poeta da morte” e “poeta do horroroso”. Pesquisa desenvolvida
para a tese de doutorado de Maria Olívia Garcia Ribeiro de Arruda, defendida recentemente no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp, propõe uma nova leitura sobre a obra do autor paraibano. Do estudo emerge um Augusto dos Anjos fortemente comprometido com a crítica social, posição que teria lhe valido várias perseguições.
“O trágico presente nos poemas de Augusto era uma tentativa de revelar, ainda que nas entrelinhas, a repressão pela qual passou o povo brasileiro durante os processos de colonização e, posteriormente, de instauração da República,
com o conceito de progresso que o país adotou. É possível encontrar, no contexto da sua obra, alusão ao massacre de índios e à tortura praticada contra escravos negros no Norte e na Paraíba, mas também denúncias acerca das torturas infligidas aos marujos que encabeçaram a Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro. Por conta dessas posições, o poeta sofreu inúmeras pressões, que acabaram por ocultar a sua real importância para a literatura brasileira”, afirma Maria Olívia. O trabalho foi orientado pelo professor Francisco Foot Hardman.
A pesquisa realizada por Maria Olívia
concentrou-se no livro-poema Eu, o único publicado pelo poeta (1912). A ideia de analisar a obra partiu da teoria sobre o “modo delével de produção de efeito-ilusão-Brasil”, desenvolvida pelo professor Foot Hardman. Nos escritos augustianos, conforme a autora da tese, é possível fazer a leitura das vozes das vítimas que foram apagadas pela história
oficial. Para chegar a essa compreensão
do trabalho de Augusto dos Anjos, ela promoveu uma extensa investigação em torno da literatura brasileira e dos jornais paraibanos, leopoldinenses e cariocas produzidos na época. Além disso, também leu correspondências de vários escritores contemporâneos a Augusto dos Anjos e esmiuçou as referências presentes nos escritos dele, incluindo as cartas enviadas pelo poeta, bem como a prosa publicada na Paraíba
e os manuscritos encontrados em Leopoldina (MG). O objetivo, explica, foi entender melhor o autor e sua obra, a partir do resgate de elementos com os quais teve contato e/ou pelos quais parece ter sido influenciado.
Uma das conclusões a que Maria Olívia chegou foi que Augusto dos Anjos
constituiu-se como um dos primeiros poetas modernos brasileiros. “A obra dele é uma tentativa de registrar, por meio da mimese trágica, a repressão por que passou o povo brasileiro durante os processos de colonização e início da República.
Ela revela, ainda, o alto preço de uma civilização que dizimou os nativos
e escravizou, torturou e assassinou africanos trazidos ao país pelo tráfico”, analisa. Nesse sentido, prossegue a autora da tese, os escritos augustianos se inserem no conceito segundo o qual a literatura contribui para o registro do relato histórico. No caso em questão, não para reforçar as construções oficiais, mas para afrontá-las, desvelando o que está escondido. “O trabalho de Augusto encaixa-se na definição de Massaud Moisés [professor aposentado da USP] acerca do discurso poético. Segundo ele, ‘o discurso poético não nos leva à realidade em si, mas a uma representação
dela, ou seja, revela-nos uma imagem reduzida do todo da realidade, mostra-nos uma condensação do real, de
Tese defendida
no IEL
revela
um autor
comprometido
com a
crítica social
Augusto dos entrelinhasmodo a nos fazer questionar o discurso cristalizado como verdadeiro’”.
Mas por que Augusto dos Anjos não tem sido visto da forma como é apresentado
na tese de Maria Olívia? De acordo com a pesquisadora, já existem trabalhos que apontam para vertente semelhante, mas sem um compromisso
maior com a análise do discurso da obra do poeta, cuja interpretação teria sido velada pelos interesses tanto das oligarquias da época quanto pelas instituições e indivíduos que a ela serviam.
O propósito desse movimento, afirma, era “desvirtuar” a obra do poeta paraibano. Nesse sentindo, a construção
imaginária que ficou cristalizada em torno da figura de Augusto dos Anjos foi a do autor maldito, do poeta
da morte ou da tragédia. “Um dos responsáveis pela difusão dessa visão foi o dramaturgo Órris Soares, que se apresentava como amigo de Augusto, mas que não parece ter sido mais do que um colega deste, se considerarmos as sátiras que Augusto dirigiu a ele e ao seu irmão, Oscar, no jornal Nonevar, da Festa das Neves, em João Pessoa”, diz.
Órris e outros críticos de Augusto dos Anjos, continua a pesquisadora, classificavam a obra do poeta como “difícil”, uma espécie de “montanha intransponível”, permeada por cientificismos
e excessivamente trágica. Ademais, Augusto dos Anjos foi colocado numa espécie de limbo da criação, ao ser classificado como pré-moderno. “Ora, ser pré-moderno era o mesmo que ficar em suspensão, permanecer
no vácuo entre o romantismo e o modernismo. Na realidade, como bem demonstra o professor Foot Hard-
man, Augusto foi um poeta moderno porque, entre outros aspectos, usava a sua produção para falar da colonização
repressiva e da realidade da sua época”. A tentativa de desqualificação, segundo Maria Olívia, não parou por aí. Para além dos escritos, a campanha também atingiu a figura humana do poeta.
“Atribuíram a ele até mesmo uma tuberculose que nunca teve. Augusto morreu vítima de uma pneumonia”.
Na interpretação de Maria Olívia, a obra augustiana realmente não é de fácil compreensão e traz elementos do trágico
e do cientificismo. Todavia, pondera,
ela não pode ser resumida a esses aspectos, dado que eles serviram a um propósito maior do poeta, que foi o de não ficar indiferente às injustiças da sua época. “O processo de ocultamento do qual Augusto foi alvo atingiu igualmente
outras vozes, que foram camufladas ou mesmo enterradas para sempre por versões articuladas e difundidas pelos grandes manipuladores das instituições responsáveis pela divulgação cultural e pela educação no país”, defende.
“Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A sáude das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!
Pairando acima dos mundanos tetos,
Não conheço o acidente da Senectus
- Esta universitária sanguessuga
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!
Na existência social, possuo uma arma
- O metafisicismo de Abidarma -
E trago, sem bramánicas tesouras,
Como um dorso de azémola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras.
Como um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo á Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
E com certeza meu irmão mais velho!
Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como urna vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infurtúnio.
Aí vem sujo, a coçar chagas plebéias,
Trazendo no deserto das idéias
O desespero endêmico do inferno,
Com a cara hirta, tatuada de fuligens
Esse mineiro doido das origens,
Que se chama o Filósofo Moderno!
Quis compreender, quebrando estéreis normas,
A vida fenomênica das Formas,
Que, iguais a fogos passageiros, luzem...
E apenas encontrou na idéia gasta,
O horror dessa mecânica nefasta,
A que todas as coisas se reduzem!
E hão de achá-lo, amanhã, bestas agrestes,
Sobre a esteira sarcófaga das pestes
A mostrar, já nos últimos momentos,
Como quem se submete a uma charqueada,
Ao clarão tropical da luz danada,
O espólio dos seus dedos peçonhentos.
Tal a finalidade dos estames!
Mas ele viverá, rotos os liames
Dessa estranguladora lei que aperta
Todos os agregados perecíveis,
Nas eterizações indefiníveis
Da energia intra-atômica liberta!
(*) Excerto extraído do
poema publicado no livro Eu
Maria Olívia Garcia Ribeiro de Arruda, autora da tese, durante pesquisa no Espaço dos Anjos, local que abriga material do poeta, reunido pelo artista plástico Raphael Rodrigues Rosa na cidade mineira de Leopoldina
Tese defendida
no IEL
revela
um autor
comprometido
com a
crítica social
Augusto dos Anjos nasceu Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, no Engenho Pau d’Arco, em Sapé, município
paraibano, em 20 de abril de 1884. Compôs seus primeiros versos ainda na infância. Em 1903, ingressou no curso de Direito da Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907. Dedicou-se ao magistério tanto em sua cidade natal quanMonólogo
de uma sombra *
Monólogo de uma sombra *
Biografia
Biografiato no Rio de Janeiro, para onde se mudou depois de enfrentar problemas pessoais e a oposição dos representantes da oligarquia paraibana. Publicou poemas em diversos periódicos. Em 1912, publicou seu único livro de poemas, Eu. Morreu no dia 12 de novembro de 1914, em Leopoldina (à dir.,o túmulo), onde era diretor de grupo escolar. Causa da morte: pneumonia.
Ilustração: Carlos Roberto Fernandes
Fotos: Divulgação/Reprodução
Abertura do álbum feito pela viúva Esther dos Anjos e manuscrito do poeta

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Manifesto Literário



A inveja mata
Tudo que há de belo na vida
Mata nossos sonhos
É pelo povo e reconhecida

A inveja mata
Trabalho, sonho, excitação
Mata rico, mata pobre
Todos que tem ambição

De tomar dos outros o lugar
Mata quem pensa ao outro matar
Mande a inveja para outro lugar



Maria de Andrade







terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ORIDES FONTELA


Maria de Andrade



Nasceu em São João da Boa Vista (SP);
21/04/1940;
Os primeiros versos são publicados em 1956 no jornal “O Município” da cidade Natal;
1967, ingressa no curso de Filosofia da USP;

morrendo em 02/11/1998, num sanatório em Campos do Jordão (SP).
Obras públicadas
Transposição – 1969, poemas;
Helianto – 1973, poemas;
Alba – 1983, poemas; (recebe o Prêmio Jabuti)
Rosácea – 1986, poemas;
O escritor, poeta e crítico Augusto Massi reúne, em 1988, toda a obra anterior da poeta no livro Trevo;
Teia, reunião de toda a sua obra, recebe o Prêmio concedido pela APCA.
Sua poética é a da palavra original;
Rompe com os estereótipos e com o real-acabado;
Buscas de novas significações;
Poema é enxuto e conciso;
Em busca da essência humana.

 POLICIAL

Culpados
ou
cúmplices
nunca temos
álibi:

por força,
estamos
aqui.

Oito versos;
Duas estrofes;
Dez palavras;
Teia p.34

Teologia

Não sou um deus, Graças a todos
os deuses!
Sou carne viva e
Sal. Posso morrer.


“A poesia não vive senão na tensão e no contraste (e, portanto, também na possível interferência) entre o som e o sentido, entre a série semiótica e a série semântica" (AGAMBEN, 2002, p. 142)
A obra de Orides Fontela, que ainda  vem ganhando os primeiros destaques no universo da poesia contemporânea graças a alguns estudiosos que se dispuseram a ler atentamente seus poemas, está circunscrita de forma singular neste cenário que se abriu a
  partir dos anos de setenta. Não há dúvida de que, com seus versos entrecortados e obedientes a uma espontaneísmo revelador.
Andrade, Alexandre de Melo


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015


Um Discursivo Feminino Possível: Pioneiras da Imprensa em Pernambuco (1830-1910). Elizabeth Santos Siqueira et al. – Recife Ed Universitária da UFPE, 1995. p. 193. 

ADALGIZA DUARTE RIBEIRO – Redatora e Colaboradora d’O Lyrio. Escreveu Cartas, Crônicas e Contos. Colaborou também com O ALTAR.
Contos: DEVANEIO O Lyrio, Ano 2, nº 3 Janeiro de 1903;
CONSUELO, O lyrio, Ano 2, nº4, Junho de 1903, dedicado a D. Amélia Romagueira.
              Crônicas: O SONHO, O lyrio, Ano 2, nº4, Fevereiro de 1903
A LITERATURA FRANCESA NOS SÉCULOS 17 E 18, O Lyrio, Ano2, nº 7, Maio de 1903;
                 OPNIÕES, O Lyrio Ano2, nº 11, Setembro de 1903, dedicado a D. Amélia de Freitas Bevilaqua;
                OPINIÕES, O Lyrio, Ano 2, nº 12, outubro de 1903.
Cartas: ÀS LEITORAS O Lyrio, Ano 2, nº 13 e 14, de novembro e Dezembro de 1903;

                 FLORIZA, O Altair, Recife, 21 de Fevereiro de 1906, Ano II, nº 1.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Perfil – Maria de Andrade


Perfil – Maria de Andrade


Maria das Dores Andrade, nascida a 29/02/1976 na cidade de Olinda/PE. É mãe de Claudio Rodrigo de Barros e Tiago Ricardo de Barros, escritora, pesquisadora, poetisa. Formou-se em letras na Universidade de Pernambuco, atualmente faz pós graduação em Literatura pela Universidade Católica de Pernambuco e Bacharelado em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco.
Autora do Livro “Palavras ao Vento” 2011 que está com uma nova edição pela Babecco em 2014.
Do e-boock “ The Wife” pelo site Amozon.com
Do folheto “Words in the Wind”
Das Antologias “Poesia e Vida” e “Bouquet de Desejo”
 É fundadora do Movimento Artístico Literário (MAL) e Sociedade dos Poetas Vivos de Olinda (SPVO).


Escreve nos blogs: poetisadeolinda.blogspot.com,  seguidoresdepaulofreire.blogspot.com, teoriaeliteratura.blogspot.com, http://www.movellas.com/pt/user/maria.de.andrade/movellas



Profile - Maria de Andrade


Mary das Dores Andrade, born on 29.02.1976 in the city of Olinda / PE. She is the mother of Claudio Rodrigo de Barros and Tiago Ricardo Barros, writer, researcher, poet. He graduated in letters at the University of Pernambuco, currently a post graduate degree in Literature from the Catholic University of Pernambuco and Bachelor of Philosophy from the Federal University of Pernambuco.
Book author "Palavras ao Vento" 2011 standing with a new edition by Babecco in 2014.
E-boock "The Wife" by site Amozon.com
Brochure "Words in the Wind"
Anthologies of "Poetry and Life" and "Bouquet of Desire"
  She is the founder of the Artistic Literary Movement (MAL) and Live Poets Society of Olinda (SPVO).


Write blogs: poetisadeolinda.blogspot.com, seguidoresdepaulofreire.blogspot.com, teoriaeliteratura.blogspot.com, http://www.movellas.com/pt/user/maria.de.andrade/movellas